O mandrião-antártico Stercorarius antarcticus é uma ave da família Stercorariidae. Ocorre no Brasil como migrante de forma sazonal, principalmente na região sul.

Mandrião-antártico Foto: Nina Wenoli
  • Nome popular: Mandrião-antártico
  • Nome inglês: Brown Skua
  • Nome científico: Stercorarius antarcticus
  • Família: Stercorariidae
  • Habitat: Espécie migrante, ocorre no Brasilprincipalmente da região sul.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de peixes e outras espécies marinhas. Tem hábitos alimentares piratas, ou seja perseguem outras aves a fim de obter a presa delas.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho direto no solo, forrado com musgos e outras vegetações secas. O período reprodutivo começa em novembro e se estende até o fim de dezembro. Reproduz-se em colônias amplas, resultando em ninhos muito separados uns dos outros. A formação de um par normal, com um macho e uma fêmea, é comum, mas não é rara a reprodução cooperativa em trios ou em grupos maiores. Coloca até dois ovos bem camuflados, salpicados de marrom-verde-preto, que incubam por 28 a 32 dias. As penas inferiores dos filhotes são de cor uniforme, do cinza claro ao marrom. Eles são capazes de deixar o ninho depois de alguns dias, mas ficam sempre no território dos seus pais e emplumam após cerca de 50 dias. Após a saída do ninho, eles dependem de seus pais por cerca de mais um mês, principalmente para a provisão de alimentos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Mandrião-antártico Foto: Jarbas Mattos

Características:

Mede em média 64 cm de comprimento e pesa uma média de 1.730 gramas (dados provenientes de adultos de King George Island / Ilhas Shetland do Sul). Tem uma envergadura média de 147 centímetros. Os sexos são similares na aparência, porém em alguns casos, os machos são mais escuros do que as fêmeas. No entanto, eles são diferentes em tamanho, com fêmeas maiores e mais pesadas que os machos, conhecido como dimorfismo sexual inverso.

Mandrião-antártico Foto: Jarbas Mattos

Comentários:

Frequentam costas rochosas, pequenas colinas. A distância que se deslocam depende da área de reprodução, enquanto as populações reprodutoras do norte permanecem perto do local de reprodução e as populações do sul migram mais para o norte. Fora do período reprodutivo passam grande parte do tempo voando.

Mandrião-antártico Foto: Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências